sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Projeto Terreiro Digital

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA – ENSINO FUNDAMENTAL/ SÉRIES INICIAIS
ATIVIDADE: GEAC DE INCLUSÃO DIGITAL
CURSISTAS: ADAIR NEIDE, ALELUIA CRISTINA, CLUDIJANE BARBOSA, MARIA DELIAN CARDOSO, MARISETE MACEDO
PROFESSORA: MARIA HELENA BONILLA


PROJETO DE INCLUSÃO DIGITAL

TÍTULO: TERREIRO DIGITAL

INTRODUÇÃO

Vivemos em um país, onde a desigualdade social é gritante. O Brasil apresenta em seus indicadores, números que atestam a desigualdade social e que, apesar dos avanços econômicos, não conseguem resolver a distorção da distribuição de renda no país.
Essas desigualdades ficam mais acentuadas quando se referem ao uso das novas tecnologias digitais. Segundo o instituto Brasileiro de geografia e estatística (IBGE)2008, 23,8% dos domicílios tem acesso à internet.
Cada vez mais o uso das novas tecnologias se faz presente no dia a dia das pessoas, a sua presença na sociedade cria novas possibilidades de expressão e comunicação, contribuindo também para o agir social e político do individuo, daí se dar a importância do acesso das novas tecnologias por todas as classes sociais.
Diante da importância do uso dessas tecnologias as iniciativas nessa área ainda são insuficientes para atender a demanda da população que não têm acesso a elas. As iniciativas do governo aparecem timidamente no contexto nacional, Fundo de Universatização para os Serviços de Telecomunicação( FUST), programa banda larga nas escolas, Um Computador por Aluno( UCA), entre outros.
Definimos que inclusão digital vai além de ser alfabetizado digitalmente. Um indivíduo incluído digitalmente não é aquele que apenas utiliza essa nova linguagem, que é o mundo digital, para trocar e-mails, mas aquele que usufrui desse suporte para melhorar as suas condições de vida. Segundo Sampaio (2005, P.434) define a inclusão digital “como a universalização do acesso ao computador conectado a internet, bem como, ao domínio da linguagem básica para manuseá-la com autonomia”.
É de fundamental importância que a sociedade tenha oportunidade de acesso as tecnologias,visando as transformações sociais do meio em que vive, participando das decisões políticas, atuando melhor na sociedade, através da democratização do acesso às tecnologias da informação.

JUSTIFICATIVA

Conhecendo a história da criação do bairro e da escola, e diante dos avanços tecnológicos é que sentimos a necessidade de fazermos um projeto de inclusão digital para essa comunidade do Baixão de Sinésia, expectativa essa que será facilitada em breve, com a chegada da cidade digital em Irecê. Ao construir esse projeto pensamos em meios que atendam as demandas sociais dessa comunidade.
A comunidade Baixão de Sinésia tem em suas raízes a luta dos negros, pois no passado suas terras serviram para abrigar vários escravos que fugiam dos maltratos dos grandes fazendeiros, dando origem a um quilombo. Trouxeram assim para a comunidade, os rituais do candomblé e também das festas de reisados, os quais tem seus instrumentos preservados por seus familiares até hoje. A comunidade tinha como líder a senhora Sinésia Caldeira Bela, pessoa influente na comunidade, a ponto de levar o bairro a ter o nome dessa tão importante figura histórica(RUBEM,2001, p. 143, 144).
Os moradores dessa comunidade trazem a força de seus antepassados nas suas raízes, mas no seu dia a dia apesar dos tempos modernos as lutas não terminaram hoje eles lutam talvez por batalhas iguais ou piores, lutam contra o descaso das autoridades políticas, as desigualdades sociais, as drogas que a cada dia que passa leva mais jovens da comunidade para o caminho da criminalidade e baixo nível de escolaridade.
Por ser um bairro distante do centro da cidade, o acesso as lanhouse se torna difícil e também pelo baixo poder aquisitivo dos moradores. Algumas pessoas dessa mesma comunidade possuem computador, mais falta condição financeira pra usufruir da internet.

OBEJETIVOS:

₀ Promover a inclusão social de população excluída digitalmente, utilizando as tecnologias da informação como instrumento de construção e exercício de cidadania.
₀ Atender a população carente da comunidade, visando à formação de agente disseminadores das novas tecnologias.
₀ Oportunizar aos alunos e comunidade ao acesso à informação.

METODOLOGIA DE IMPLEMENTAÇÃO:

O projeto Terreiro Digital será organizado em espaço público, cedido pela escola Sinésia Caldeira Bela e a sua sustentabilidade será feita através de ofícios para as entidade que tenham interesse em ajudar a comunidade.
Esse projeto beneficiará a comunidade local, o público atendido terá oportunidade de realizar atividades livres. O horário de atendimento será organizado através de monitoria, cada indivíduo terá de agendar com antecedência o seu horário de acesso, garantindo assim a organização e o bom funcionamento do espaço.
PLANILHA DE CUSTO


ATIVIDADES DE PRÉ IMPLANTAÇÃO:
₀ Elaboração do projeto.
₀ Levantamento de custos.
₀ Estudos e pesquisas.
₀ Aprovação de orçamento do projeto.

ATIVIDADES DE IMPLANTAÇÃO
₀ Adequação do espaço.
₀ Busca de recursos e parcerias.
₀ Elaboração do projeto de investimento.
₀ Compra dos materiais.
₀ Contratação da mão de obra e serviços.

ATIVIDADES DE PÒS IMPLANTAÇÂO
₀Organização do centro digital.
₀ Planejamento das Oficinas que serão realizadas.
₀ Compras de equipamentos necessários para a implantação do projeto.
₀ Seleção de alunos egressos que fazem parte da comunidade do bairro para a monitoria bolsista.
₀ Organização de escalas de trabalho dos monitores.
₀ Agendamento dos horários para o público da comunidade.





REFERÊNCIA
SAMPAIO, Joseílda S. BONILLA, Maria Helena Silveira. Exclusão/ Inclusão: elementos para uma discussão. 2005, Disponível em:http://revista.ibict.br/liinc/index.php/liinc/article/viewFile/289/199 (acesso em 04/11/2009)
Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE). Disponível em: http://softwarelivre. Org./portal//geral//IBGE (acesso em: 03/11/2009)

RUBEM, Jackson. Irecê História, casos e Lendas. Jaan/2001, 2ªedição: Print Fox Editora- Irecê.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Cinecontexto:Aspirinas e Urubus


Uma atividade que me chamou bastante atenção foi a de Cinecontexto com o Filme Cinema: Aspirinas e Urubus, com a professora Rosane Vieira. Na qual eu pude perceber que os filmes não são feitos a toa têm toda uma história por trás, que possa dar suporte para o cineasta produzir o filme, que de certa forma isso passa a ser um texto dentro do outro.
Esse filme mostra a narrativa de uma historia contada pelo tio do Cineasta Marcelo Gomes, Ronulpho Gomes, que vendia Aspirinas no Brasil dos 40. O filme é uma historia de dois rapazes que se encontram no meio do sertão nordestino num pequeno caminhão em 1942, as vésperas da II Guerra Mundial. Johann, um alemão que fugiu da guerra, e Ronulpho um brasileiro que quer escapar da seca que assola a região.
Os dois protagonistas fogem das mazelas de suas terras. Mas, no entanto tem personalidades completamente diferentes. E isso se dar um contraste entre o estrangeiro que escapou da guerra e vê o Brasil com otimismo, e o sofrido brasileiro ao seu lado desencantado com sua vida e seu país. E assim viajaram de povoado em povoado a fim de vender um remédio milagroso que era as aspirinas. Com esta jornada os dois aprendem a respeitar as diferenças e surge entre eles uma amizade incomum, mas que marcará suas vidas para sempre.
O que me chamou muito atenção nessa atividade foi que os filmes todos têm algo haver com o passado e nesse, mostra as histórias do local e do global a partir dos pequenos gestos aos objetos. Pois a história se passa em 1942, mas traz mensagens que caberiam perfeitamente nos dias de hoje.
Nesse filme cheguei a me ver e ver minha sala de aula em várias cenas, pois a realidade que é retratada no sertão do Nordeste está presente em nossa sociedade e no mundo. No entanto não há ninguém melhor para falar o que é lutar e enfrentar essa dura realidade seca e sem oportunidades de trabalho que é o sertão. Na minha turma eu tenho alunos que já estão desacreditados devido estarem com a idade defasada, não saber ler, não ter um bom acompanhamento pelas famílias e não terem alimentos suficientes dentro de casa para comer. Alunos que chegam até você professor para contar que em sua casa não tem comida e estar na escola por que tem o lanche, e que na sua casa são sete ou oito filhos que precisam dessa atenção, esses são os grandes desafios que trazem para sala de aula as dificuldades dos avanços e da aprendizagem dos alunos. É preciso o professor refletir sobre o seu fazer pedagógico, que possa compreender os futuros problemas ou vir a descobrir novas soluções.
Pois é necessário que eu tenha consciência do meu papel na sala de aula, buscar meios e estratégias bem elaboradas para tornar as aulas atraentes para que haja a aprendizagem.

RELAÇÂO FAMÌLIA / ESCOLA











Na atividade da palestra relação família/ Escola, no dia vinte e dois de agosto com o professor Ivan Farias, ele nos fez alguns questionamentos com as seguintes perguntas:
Escola/Família parceria ou inversões de papeis?
Que tipo de famílias existe hoje?
Como nós sabemos, a família é à base de uma boa formação de personalidades, caráter e responsabilidade para o individuo, pois a palavra família traz a ideia de laços de ligação muito forte, que jamais você se desprende de tudo.
Nos dias atuais, está cada vez mais difícil essa parceria entre família e escola, pois hoje as organizações das famílias estão mudadas, concordo com Julio Groppa Aquino quando ele afirma que quase toda a população parece crer que a maioria das famílias brasileiras se encontra atualmente em um estado denominado genericamente de “desestruturação” e que essa ideia vem como uma conspiração contra a potência do trabalho pedagógico.


O fato é que há hoje, nas escolas, uma geração de crianças e adolescentes resultantes de contextos múltiplos de estruturação não apenas familiar, mas sociocultural. Sendo assim eu diria que o modelo de famílias hoje em dia encontra-se em estado de “transição” e não de desestruturação.Entretanto, é possível notar que os professores têm sido cada vez mais convocados a compartilhar dos problemas afetivos e atitudinais do seu alunado, pois as famílias hoje transferem uma boa parte de suas funções que antes eram resolvidas apenas ao âmbito familiar para a escola, por isso é interessante que a escola deixe bem claro o seu papel pedagógico para com a sociedade, isso pelo fato de que muitos educadores acabam ocupando tempo demais tentando moralizar seus alunos, administrar seus hábitos, discipliná-los enfim essas atitudes trazem certo desvio de função, acarretando também o professor que chega a levar a um desperdício de talento, pois o trabalho docente definitivamente não é esse.

domingo, 1 de novembro de 2009

OFICINA DA PALAVRA ESCRITA

A atividade da Palavra Escrita mostra mais do que nunca, a importancia de ser trabalhado na sala de aula as variedades dos Gêneros Textuais para que os alunos possam conhecer para que serve e as suas funcionalidades para a vida na sociedade.
Desde os primeiros momentos da vida escolar, que as crianças entram em uma rotina diária de situações didáticas que se tornam cada vez mais complexas. Entre elas estão às rodas de leituras, de conversas, nas quais as crianças ouvem histórias, tomam contato com a palavra escrita e com bons textos literários.
A marca principal desses textos é a diversidade: São parlendas, receitas, histórias, canções enfim todos os textos de circulação social.
A aula da atividade Oficina da Palavra Escrita deu- se inicio por um vídeo imagético com a música de Adriana Calcanhoto (Sexta-Feira) nesse vídeo nos mostrava as características da baianidade. Que com suas diversidades culturais deu fundamento para entendermos melhor os gêneros e suas funcionalidades.
Sabemos que os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados a vida cultural e social. E que eles se caracterizaram muito mais por suas funções comunicativas, cognitivas e institucionais do que por suas peculiaridades lingüísticas e estruturais.
Percebemos que o gênero da lista ela pode dar uma determinada função social como organizar, lembrar, selecionar e que poderá ser trocada a partir do momento que eu queira lhes dar uma nova função. Vimos também à importância que tem levar para a sala de aula a intertextualidade para que os alunos possam aprender as diferentes formas e tipos de textos na tentativa de compreender melhor a escrita
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