segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Cinecontexto:Aspirinas e Urubus


Uma atividade que me chamou bastante atenção foi a de Cinecontexto com o Filme Cinema: Aspirinas e Urubus, com a professora Rosane Vieira. Na qual eu pude perceber que os filmes não são feitos a toa têm toda uma história por trás, que possa dar suporte para o cineasta produzir o filme, que de certa forma isso passa a ser um texto dentro do outro.
Esse filme mostra a narrativa de uma historia contada pelo tio do Cineasta Marcelo Gomes, Ronulpho Gomes, que vendia Aspirinas no Brasil dos 40. O filme é uma historia de dois rapazes que se encontram no meio do sertão nordestino num pequeno caminhão em 1942, as vésperas da II Guerra Mundial. Johann, um alemão que fugiu da guerra, e Ronulpho um brasileiro que quer escapar da seca que assola a região.
Os dois protagonistas fogem das mazelas de suas terras. Mas, no entanto tem personalidades completamente diferentes. E isso se dar um contraste entre o estrangeiro que escapou da guerra e vê o Brasil com otimismo, e o sofrido brasileiro ao seu lado desencantado com sua vida e seu país. E assim viajaram de povoado em povoado a fim de vender um remédio milagroso que era as aspirinas. Com esta jornada os dois aprendem a respeitar as diferenças e surge entre eles uma amizade incomum, mas que marcará suas vidas para sempre.
O que me chamou muito atenção nessa atividade foi que os filmes todos têm algo haver com o passado e nesse, mostra as histórias do local e do global a partir dos pequenos gestos aos objetos. Pois a história se passa em 1942, mas traz mensagens que caberiam perfeitamente nos dias de hoje.
Nesse filme cheguei a me ver e ver minha sala de aula em várias cenas, pois a realidade que é retratada no sertão do Nordeste está presente em nossa sociedade e no mundo. No entanto não há ninguém melhor para falar o que é lutar e enfrentar essa dura realidade seca e sem oportunidades de trabalho que é o sertão. Na minha turma eu tenho alunos que já estão desacreditados devido estarem com a idade defasada, não saber ler, não ter um bom acompanhamento pelas famílias e não terem alimentos suficientes dentro de casa para comer. Alunos que chegam até você professor para contar que em sua casa não tem comida e estar na escola por que tem o lanche, e que na sua casa são sete ou oito filhos que precisam dessa atenção, esses são os grandes desafios que trazem para sala de aula as dificuldades dos avanços e da aprendizagem dos alunos. É preciso o professor refletir sobre o seu fazer pedagógico, que possa compreender os futuros problemas ou vir a descobrir novas soluções.
Pois é necessário que eu tenha consciência do meu papel na sala de aula, buscar meios e estratégias bem elaboradas para tornar as aulas atraentes para que haja a aprendizagem.

Um comentário:

Rita Cácia Fernandes disse...

Valeu a pena assistir essa obra artística, Marcelo Gomes, produziu um roteiro que abre diversas possibilidade de discussão.